domingo, 23 de maio de 2010

Entre flor e nuvem

Sou entre flor e nuvem, estrela e mar.
Porque havemos de ser
unicamente limitados em chorar?
Não encontro caminhos fáceis de andar
meu rosto vário desorienta as firmes pedras
que não sabem de água e de ar.
E por isso levito.
É bom deixar um pouco de ternura e encanto
diferente de herança, em cada lugar.
Rastro de flor e estrela, nuvem e mar.
Meu destino é mais longe
e meu passo mais rápido:
A sombra é que vai devagar.

(Cecília Meireles)


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Este foi o texto que deu origem ao blog,
espero que todos gostem.
Aos interessados em boa leitura, sintam-se
convidados a aparecer por aqui com frequência.
Agradeço desde já aos futuros comentários!

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